Hoje no CBP/RS tivemos a presença de Gabriela Xavier Araújo (CRIA - Universidade Federal de São Paulo) em uma noite de reflexões, nos trouxe as contribuiçoes de Marie-Christine Laznik.
Em 1911 a definição de época para o termo Autista retratava uma variação de Esquizofrenia, que foi logo transformado na "Inaptidão para reger suas relações com sujeitos normais".
Logo o tão comentado TGD (Trantorno Globais de Desenvolvimento) no DSM-IV dará lugar ao TEA (Transtorno de Espectros Autistas) justamente para evitar a generalização, bem como a diagnosticalização exagerada e irresponsável.
Em uma das sessões de Laznik conseguimos evidenciar muito claramenta a idéia da Intersubjetividade ou seja incapacidade de partilhar e expressar os objetivos do bebê com outros. O olhar ou a falta de olhar é explícito no Bebê que já demonstra sinais de alerta falhando assim os protocolos de seu desenvolvimento.
Laznik acredita em uma interrupção no Circuito Pulsional composto por 3 etapas:
- Objeto Oral (Amamentação)
- Objeto Auto Erotico (Bebê suga o dedo)
- Objeto do outro (Bebê procura o dedo da mãe e ou oferece o seu para ser sugado)
Para este que escreve, fica evidente o papel Materno como "Fabricante Autista" pois todas as pesquisas , mesmo com vários Bebês de mesma mãe, apontam a falta de atenção a estes circuitos pulsionais. Dentro do prazo de plasticidade cerebral do Bebê (15 meses) Laznik ainda consegue a reversão destes objetos pulsionais se colocando na posição materna, mas chega a ser angustiando assistir as gravaçoes das sessões, visualizando alguns exemplos claros de sinalização autistas:
- Bebê é amamentado de lado... Bebê desvia o olhar que nunca é encontrado pelo olhar materno....etc
Hoje através do Governo Francês, Laznik consegue fazer a preparação dos pediatras para que atentem a estes claros sinais dados pela mãe e pelo bebê.
Não trazendo para este ensaio questões sócio-sexuais é evidente a importância iniciadora materna no processo austista, bem como estão relacionados os processos psicóticos infantis, com a paternidade. Espero eu que todas estas questões cheguem o mais rápido possivel no sistema público de saúde para detecção e diagnosticos de mães e bebês.