Stress no trabalho aumenta em até 70% risco de problemas cardiovasculares em mulheres

Pesquisa feita em Harvard mostrou que empregos que exigem muitas tarefas em pouco tempo elevam chances de mortes por doenças do coração.

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O fato de que o estresse pode exacerbar o eczema atópico é muito bem aceito

Stress no trabalho é risco a longo prazo para saúde cardíaca da mulher, diz estudo (ThinkStock)
Mulheres que trabalham em ambientes muito estressantes, em comparação com quem sofre menos stress no emprego, têm um risco maior de passarem por uma cirurgia cardíaca, de sofrerem algum evento cardiovascular, como um infarto ou um derrame cerebral, ou então de morrerem em decorrência de um problema como esse. Essa é a conclusão de um estudo feito no Hospital Brigham and Women, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. De acordo com a pesquisa, publicada nesta quarta-feira no periódico PLoS One, porém, a insegurança em relação ao emprego não afeta essas chances.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original:
Job Strain, Job Insecurity, and Incident Cardiovascular Disease in the Women’s Health Study: Results from a 10-Year Prospective Study

Onde foi divulgada:
revista PLoS One

Quem fez:
Natalie Slopen, Robert Glynn, Julie Buring, Tené T. Lewis, David Williams e Michelle Albert

Instituição:
Hospital Brigham and Women da Universidade de Harvard, Estados Unidos

Dados de amostragem:
22.086 mulheres com idade média de 57 anos

Resultado:
Trabalhos estressantes e altamente tensos aumentam em 40% chances de evento cardiovascular, morte por um problema desses e cirurgia cardíaca e em 70% risco de infarto não fatal
Os pesquisadores consideraram um trabalho muito estressante como aquele cujas tarefas demandam muito das mulheres — ou seja, as fazem produzir o tempo todo com prazos difíceis de serem cumpridos e as deixam sempre em estado de tensão. Segundo os resultados, em relação a mulheres cujo emprego era menos estressante, aquelas que sofriam mais stress no trabalho tiveram um risco 40% maior de terem qualquer problema decorrente de uma doença cardiovascular (ataque cardíaco, AVC, cirurgia ou morte) e aproximadamente 70% mais chances de sofrerem um infarto não fatal.
Leia também: Mulheres que têm trabalho exaustivo tendem a comer mais e descontroladamente
Vitamina B pode melhorar stress relacionado ao trabalho
Stress no trabalho é risco crescente para a saúde pública

Essas conclusões foram baseadas em 10 anos de pesquisa feita com 22.086 mulheres que tinham, em média, 57 anos quando o estudo começou. Durante esse período, foram registrados 170 ataques cardíacos, 163 casos de acidente vascular cerebral (AVC) e 52 mortes por doença cardiovascular. Ao calcularem a relação entre stress no trabalho e esses eventos cardíacos, os pesquisadores também levaram em consideração outros fatores de risco, como idade, estilo de vida e hábitos alimentares.
“Empregos altamente estressantes e que provocam tensão entre os trabalhadores são uma forma de stress psicológico e surtem efeitos adversos à saúde cardiovascular a mulher a longo prazo. Nossos resultados sugerem a necessidade de cuidados especiais de saúde a pessoas que sofrem maior tensão no trabalho e que, portanto, podem ter um maior risco de eventos cardiovasculares”, diz a coordenadora da pesquisa, Michelle Albert.

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Síndrome do coração partido

Pesquisa sugere que o problema desacelera função cardíaca para evitar que o coração seja excessivamente estimulado em situações de stress.

 

'Síndrome do coração partido' é mais frequente em mulheres com mais de 55 anos de idade

A ‘síndrome do coração partido’, é uma doença que têm causas emocionais e sintomas parecidos com os do infarto do miocárdio, embora provoque problemas cardíacos temporários, na verdade é uma maneira de proteger o coração contra descargas muito grandes de adrenalina.
Essa síndrome, chamada cardiomiopatia de Takotsubo, pode aparecer quando uma pessoa tem um grande choque emocional, seja ele positivo ou não, como o fim de um relacionamento, a perda de um ente querido ou o fato de ganhar na loteria, por exemplo. Esse indivíduo, então, sofre com uma sobrecarga intensa de hormônios do stress, como a adrenalina, e pode ter dores fortes no peito, falta de ar e até desmaio. Na maioria dos casos, a vítima consegue se recuperar e não volta a apresentar o problema.

 'Síndrome do coração partido', potencialmente fatal, atinge mais mulheres do que homens.

 A pesquisa foi publicada no periódico Circulation, uma publicação da Associação Americana do Coração, foi feita na Universidade Imperial de Londres, na Grã-Bretanha.


Doença que protege outras — Segundo a pesquisa, a 'síndrome do coração partido' é uma maneira de proteger o corpo contra danos mais graves. Os autores sugerem que pessoas com esse problema têm uma resposta diferente à adrenalina e, em vez de apresentarem um estímulo excessivo da função cardíaca quando há uma carga grande do hormônio, elas reduzem o bombeamento do coração em situações de stress. Isso, de acordo com os pesquisadores, provoca uma insuficiência cardíaca temporária, mas que é recuperada em poucos dias ou semanas.
Essas conclusões foram obtidas após os pesquisadores realizarem testes com ratos que foram induzidos a apresentar características do coração semelhantes às de pessoas com a 'síndrome do coração partido'. Os animais, então, receberam doses fatais de adrenalina e de outras substâncias que superestimulam o coração. Os autores do estudo observaram que os ratos com a síndrome se mostraram protegidos contra quantidades tóxicas do hormônio. "Há novas pistas sobre como o coração pode se proteger do stress, e isso abre portas para novas pesquisas sobre a 'síndrome do coração partido'".

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TODOS PRECISAMOS TER AMANTES !!



 Não nos impactemos pelo título. Leia com serenidade e entenderás que muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um.
Há também as que não têm, e os que tinham e perderam.

Geralmente, são essas últimas que vêm aos nossos consultórios,  contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro, dores etc.

Elas nos contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver
e que não sabem como ocupar seu tempo livre.

Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.
Antes de nos contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme:  
"Depressão", além da inevitável receita do antidepressivo do momento.

Assim, após escutá-las atentamente, lhes dizemos que não precisam de nenhum antidepressivo; digo-lhes que precisam de um AMANTE!!!

É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem a sugestão.
Há as que pensam:
"Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas"?!

Há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais.
Para aquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico o seguinte:

"AMANTE é aquilo que nos apaixona; é o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono; é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.

O nosso "AMANTE " é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta.
É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.

Às vezes encontramos o nosso "AMANTE" em nosso parceiro.
Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto...

Enfim, é "alguém" ou "algo" que nos faz "namorar a vida" e nos afasta do triste destino de ir levando.

E o que é "ir levando"?

Ir levando é ter medo de viver. É o vigiar a forma como os outros vivem, é o se deixar dominar pela pressão, perambular por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva.

Ir levando é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje,  fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã.

Por favor, não se contente com "ir levando"... Seja também um amante e um protagonista de sua própria vida!
  
Acredite:

O trágico não é morrer; afinal a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém.
O trágico é desistir de viver...
Por isso,  procure algo para amar...

A psicanálise, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental:
PARA  ESTAR SATISFEITO, ATIVO E SENTIR-SE JOVEM E FELIZ, É PRECISO NAMORAR A VIDA E DELA SER AMANTE...

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Adaptado  - Jorge Bucay - Argentina/2002

O que é a Terapia Gerson? ("Guerson")


Quando foi apresentada ao mundo por Max Gerson, M.D., esta terapia alimentar estava tão à frente do seu tempo que não havia praticamente nenhum estudo disponível na literatura científica que explicasse como ela podia conduzir a espantosas curas, quer em doenças crónicas quer infecciosas. Apesar disso, e pelo facto de, através dela, tantas pessoas se terem curado dos seus casos avançados de tuberculose, doenças de coração, cancro e muitas outras doenças, a Terapia Gerson estabeleceu-se como um enorme contributo para o campo da medicina, através da publicação de artigos na “literatura médica revista por pares” (peer-reviewed medical literature). Max Gerson publicou pela primeira vez sobre o tema do cancro em 1945, quase 40 anos antes da adopção do actual programa sobre dieta, nutrição e cancro pelo Instituto Nacional do Cancro dos EUA.
Desde que começou a aplicar o seu tratamento, nos anos 20, Gerson tratou muitas centenas de pacientes e continuou a desenvolver e refinar a sua terapia até ao dia da sua morte, em 1959, com 78 anos.
O seu paciente mais famoso foi o Dr. Albert Schweitzer, filósofo, teólogo e médico missionário, que aos 75 anos sofria de diabetes avançado. Gerson tratou-o com a sua terapia e Schweitzer curou-se por completo, voltou ao seu hospital africano, ganhou o prémio Nobel da Paz aos 77 anos e trabalhou até aos 90.

O objetivo da Terapia Gerson no Tratamento contra o câncer,  é criar as condições dentro do nosso organismo para que a sua magnífica habilidade de curar a si próprio atue a pleno.

Ao abordar o corpo na sua totalidade, a Terapia atua segundo 3 vectores complementares e sinérgicos:
- fornece todos os nutrientes necessários ao organismo
- suprime todos os elementos tóxicos dos alimentos e da casa
- estimula o corpo a eliminar as toxinas acumuladas

Através dessas 3 componentes, todo o nosso organismo se desintoxica e regenera: células, tecidos e órgãos libertam-se de toxinas, o metabolismo regressa ao estado natural e saudável,  fazendo com que todos os sistemas se reequilibrem.

As doenças degenerativas reduzem progressivamente a capacidade do corpo de eliminar resíduos metabólicos adequadamente, provocando habitualmente insuficiência hepática e renal. Para reverter isso, a Terapia Gerson usa métodos de desintoxicação intensivos que estimulam a eliminação desses resíduos, regeneram o fígado, fortalecem o sistema imunologico e restauram os elementos essenciais para um forte e saudável metabolismo: as enzimas, os minerais e os hormonios.

Com abundantes nutrientes, mais oxigênio disponível, supressão de elementos agressores e desintoxicação celular e orgânica, todo o metabolismo melhora e as células – e todo o corpo – podem regenerar-se, tornando-se assim, saudáveis e prontas para prevenir futuras doenças.

A maior parte das terapias, — convencionais ou não –, tratam apenas os sintomas e ignoram o que, em última análise, o que causa a doença.
A razão pela qual a Terapia Gerson é eficaz em tantas doenças diferentes (SENDO O CÂNCER A QUE ALCANÇA MAIS ÍNDICE DE CURA) é que restaura a incrível capacidade do corpo de se auto-curar.
Em vez de tratar só os sintomas de uma doença específica, a Terapia Gerson trata as causas da doença em si.

É importante entender e usar todos os procedimentos de forma adequada e com acompanhamento, no entanto, não se pode afirmar que cure tudo, nem todos, nem sempre. Vale o registro como uma opção contra o sofrimento e mais uma forma de buscar a cura para esta doença que assola milhões de pessoas.

A importância do Cortisol

 

Cortisol é o glicocorticóide mais potente produzido pela glândula supra-renal humana. É sintetizado do colesterol
e a sua produção é estimulada pelo hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) que é regulado pelo fator de liberação de corticotropina (CRF). O cortisol age através de receptores intracelulares específicos e afeta vários sistemas fisiológicos incluindo a função imunológica, regulação da quantidade de glicose, tonalidade vascular, e metabolismo ósseo. Normalmente conhecido como um hormônio do stress, ele ajuda a lidar com cada tipo de stress, de infecção ao medo.

Se você estiver no trabalho ou passando por uma emergência, um acidente, ou um confronto, o cortisol o ajudará a manter-se contido.
A produção de Cortisol tem um ritmo cicardiano que dependente do ACTH com níveis máximos cedo pela manhã. 
O fator que controla este ritmo não está completamente definido e pode ser interrompido por várias condições físicas e psicológicas. ACTH e cortisol são secretados independente do ritmo circadianos como reação ao stress físico e mental.   
Níveis elevados de cortisol e a falta de uma variação diurna têm sido identificados com a doença de Cushing (hipersecreção de ACTH). Níveis elevados de cortisol circulando, também foram identificado nos pacientes com tumores
nas glândulas supra-renais. Níveis baixos de cortisol são encontrados na insuficiência adrenal primária (e.g. hipoplasia da supra-renal, doença de Addison) e na deficiência em ACTH. 

Por causa das variações normais circadianas nos níveis de cortisol, distinguir entre níveis normais de cortisol e os níveis anormais de baixo cortisol pode ser difícil, por isso várias coletas diárias são recomendadas.
Lidar com o stress é uma parte muito importante do seu programa de saúde. Um exame hormonal de saliva para cortisol pode servir como um termômetro para seu stress, te avisando e alertando das exposições continuas ao stress, e assim a prováveis doenças. O exame de saliva irá te dizer se você precisa fazer alguma coisa sobre o seu stress, como tomar alguma ação para mudar as suas circunstâncias, ou obter algum sucesso em novas áreas de relaxamento e alivio ao stress. Quando você souber o nível de cortisol na sua saliva você poderá começar a tomar medidas na sua vida para reduzir o stress e proteger a sua saúde ao longo prazo. 
 
Um exame hormonal, permite o conhecimento de seu nível de Cortisol: 

  • Ajudar você a lidarr com o estresse, traumas, infecções, e pressões ambientais.
  • Aumentar a energia e o metabolismo.
  • Ajudar a regular a pressão sanguinea.
  • Realçar a integridade dos vasos sanguíneos.
  • Reduzir as reações alérgicas e inflamatórias.



Tentando compreender o sentimento de Luto



Os sentimentos de perda afetam todas as pessoas durante a vida.


A sensação de perda (luto) é um sentimento que, inegavelmente, mais cedo ou mais tarde todos experimentarão, pois todos se defrontam com a morte de alguém querido durante a vida. Talvez pelo fato desse sentimento aparecer habitualmente com certa surpresa, a possibilidade das perdas não costuma habitar a consciência das pessoas afetivamente bem. Dessa forma, o mais comum é que as pessoas estejam despreparadas para a perda.
Fisiologicamente a angústia ocorre após qualquer tipo de perda, entretanto ela é mais forte depois da morte de alguém que amamos. O luto não é apenas um sentimento, mas uma série de sentimentos característicos e que levam certo tempo para passar, além de não se poder apressá-los.
Apesar das diferenças entre as pessoas, a ordem em que estes sentimentos aparecem durante o luto é bastante semelhante. A tristeza é o sentimento mais comumente experimentado após a morte de alguém apreciado, geralmente há algum tempo. A exceção à regra ocorre em pessoas que tiveram abortos espontâneos ou natimortos, ou naquelas que perderam os bebês ainda muito precoces. Nesses casos, apesar de não apreciarem a pessoa perdida há algum tempo, sofrem uma experiência semelhante de luto necessitam do mesmo tipo de atenção.

1. – Dormência Emocional
Em poucas horas após o conhecimento da morte de alguém querido, a maioria das pessoas sente uma espécie de atordoamento emocional, como se não pudesse acreditar que realmente aconteceu. Esse sentimento existe, ainda que em grau geralmente diminuído, mesmo que a morte estivesse sendo esperada. Apesar de fisiológica, essa sensação de irrealidade pode se tornar um problema se durar por muito tempo.
Compreensivamente, se a pessoa emocionalmente dormente se confrontar com o corpo da pessoa falecida poderá começar a ultrapassar esta fase de entorpecimento. Em geral, o enterro ou a cerimônia funerária são ocasiões em que a realidade do que aconteceu realmente começa a firmar-se. De fato, pode ser angustiante ver o corpo ou a assistir ao funeral, mas estas são maneiras de tomar pé da realidade e mentalmente dizer adeus à pessoa querida. Apesar de essas coisas parecerem demasiadamente dolorosas, se não forem realizadas poderão resultar em um sentimento de profundo pesar nos próximos anos.

2. – Inquietação ansiosa 

Logo, porém, esta dormência emocional desaparece e pode ser substituída por uma terrível sensação de inquietação, de suspiros e sensação de querer ter a pessoa morta de volta, mesmo que isso seja claramente impossível. Essa sensação torna difícil relaxar ou concentrar-se e pode dificultar dormir adequadamente. Os sonhos podem ser extremamente perturbadores.
Nesta fase algumas pessoas sentem vontade de "ver" sua pessoa amada onde quer que estejam - na rua, no parque, ao redor da casa, principalmente nos lugares que passaram juntos. A fase de inquietação ansiosa pode ser dividida em outras sub-fases:
Raiva
Muitas vezes as pessoas sentem raiva nesta fase do luto – principalmente dos médicos, enfermeiros e outros profissionais que não impediram a morte, até de amigos e parentes que não fizeram o suficiente para evitar a morte, ou mesmo da pessoa “deixou-se” morrer.
Culpa
Outro sentimento comum é a culpa. As pessoas reviram mentalmente tudo o que gostariam de ter dito ou feito para a pessoa falecida. Entre o que poderia ter sido feito, algumas pessoas chegam a considerar algumas coisas capazes de ter evitado a morte. A pessoa enlutada pode precisar ser lembrada do fato da morte ser, geralmente, inexorável. A culpa também pode surgir diante da sensação de alívio emocional que se sente depois de alguém morrer, geralmente depois de uma doença crônica, demorada e dolorosa. Este sentimento de alívio é muito natural, extremamente compreensível e comum.

3. – Tristeza ou Depressão 

Este estado de agitação é mais forte cerca de duas semanas após a morte, e é geralmente seguida por tristeza ou depressão, reclusão e silêncio. Estas mudanças súbitas de emoção podem parecer confusas para amigos ou parentes, mas são partes da trajetória normal do luto.
Na medida em que a inquietação ansiosa diminui, os períodos de depressão tornam-se mais freqüentes e atingem o seu auge entre quatro e seis semanas mais tarde. Crises de aflição podem ocorrer a qualquer momento, comumente desencadeadas por pessoas, lugares ou alguma coisa capaz de mobilizar lembranças da pessoa morta.
Normalmente as pessoas enlutadas podem surpreender as outras quando, de repente, explodem em lágrimas sem uma razão imediata aparente. Nesta fase, pode ser indicado manter a pessoa em luto afastada de outras que não a compreendem ou compartilham do sofrimento.
Tem sido considerado benéfico tentar voltar às atividades normais após duas semanas. Quando isso não acontece pode aparecer aos outros que a pessoa enlutada passa muito tempo sentada, quieta e sem fazer nada. Essa apatia e desinteresse refletem, na verdade, pensamentos recorrentes sobre a pessoa perdida.
Com o passar do tempo, o sofrimento do luto feroz cede e começa a dissipar-se. Diminuem os sintomas depressivos e a pessoa sente ser possível começar a pensar em outras coisas, a olhar novamente para o futuro. No entanto, a sensação de ter perdido uma parte de si mesmo costuma demorar muito tempo ainda ou nunca desaparecer totalmente.
Estas diferentes fases do luto, muitas vezes se sobrepõem e se mostram de maneiras diferentes em pessoas diferentes. A maioria se recupera de um grande luto dentro de um ou dois anos. A fase final do luto é um "abrir mão" da pessoa que morreu e início de um novo tempo de vida. A depressão pode desaparecer completamente, o sono e a energia voltam ao normal. Sentimentos e funções sexuais podem ter desaparecido por algum tempo, mas voltam nesta fase final.
Mesmo considerando a fisiologia dessas fases do luto, isso não quer dizer que haja um modelo “standard” de luto. As pessoas são diferentes e diferentemente reagem à vida, tanto nos momentos bons como nos sofrimentos.
Também as pessoas de variadas culturas lidam com a morte de maneiras distintas. Desde a pré-história nossos ancestrais vêem lidando de maneiras diferentes com a morte nas mais diferentes épocas e culturas. Ao longo dos séculos as pessoas em diferentes partes do mundo elaboram suas próprias cerimônias para lidar com a morte.
Em algumas comunidades a morte é vista apenas como uma etapa de um ciclo contínuo e não como um 'ponto final' da existência. Os rituais e cerimônias de luto tanto podem ser de natureza pública e demonstrativa, como privados e íntimos. Em algumas culturas o período de luto é fixo, em outras não se reconhece um tempo determinado, mas de qualquer forma os sentimentos vivenciados pelas pessoas enlutadas podem ser semelhantes nas mais diferentes culturas. Não se deve confundir a qualidade desses sentimentos relativos às perdas, muito semelhantes entre os seres humanos, com suas mais diversas formas de expressão.

Luto em Crianças 

Embora as crianças não possam compreender o significado da morte antes dos três ou quatro anos, eles podem sentir a perda de parentes próximos da mesma forma que os adultos, podem chorar e sentir uma grande angústia. Porém, em crianças, diferentemente dos adultos, as fases do luto podem transcorrer mais rapidamente. Em idade escolar as crianças podem experimentar o sentimento da culpa mais intensamente, podem se sentir responsáveis pela morte de um parente próximo e, dessa forma, necessitar de uma atenção mais especial.
Os jovens podem não falar ou se queixar de sua dor, com medo de adicionar sofrimentos adicionais aos adultos à sua volta. Assim, um apelo especial se faz sobre o sofrimento das crianças e adolescentes e de suas necessidades diante do luto. Em geral a recomendação psicológica é para que escolares e adolescentes devam ser naturalmente incluídos na cerimônia funeral.

Solidariedade Terapêutica 

Familiares e amigos podem ajudar passando algum tempo com a pessoa enlutada. Nesses casos, não tanto pelas palavras de conforto necessárias, mas sim a presença solidária durante o tempo de sua dor e de sua angústia. Um ombro amigo, compreensivo e mesmo silencioso expressará grande apoio quando as palavras não são suficientes. É importante dar para as pessoas tempo suficiente para se lamentarem.
Ajudar com a limpeza, compras ou cuidar de crianças pode aliviar o fardo inicial de estar sozinho. Idosos enlutados podem precisar de ajuda com as tarefas que o falecido companheiro fazia - lidar com contas, cozinhar, doméstico, ficando o carro à oficina e assim por diante.
Ter alguém do lado é importante quando as pessoas enlutadas sentem vontade de chorar ou falar sobre seus sentimentos de dor e sofrimento. Embora os sentimentos do luto acabem passando com o tempo, antes disso muitas pessoas pesarosas precisam falar e chorar. Quando não se sabe o que dizer para a pessoa enlutada é importante ser honesto e dizer isso para ela. Isto lhe dará a chance dela própria dizer o que quer.
As pessoas muitas vezes deixam de mencionar o nome da pessoa que morreu para a pessoa em luto por medo de que seja perturbador. No entanto, para a pessoa enlutada isso pode parecer que os outros estão se esquecendo de sua perda. Alguns podem achar difícil entender por que a pessoa enlutada quer continuar no mesmo lugar, na mesma casa em que viva com a pessoa querida antes da morte, mas isso é parte do processo de resolução da dor e não deve ser desencorajado.
Também deve ser lembrado que ocasiões comemorativas (não só da morte, mas também aniversários e casamentos) são particularmente dolorosas quando amigos e parentes fazem um esforço especial para estar junto. Nessas ocasiões a pessoa enlutada deve resolver o que será melhor para si.
Existem pessoas que não parecem sofrer tanto e impressionam a todos. São pessoas que não choram no funeral, evitam qualquer menção de sua perda e voltam à sua vida normal com rapidez impressionante. Isso pode não significar falta de sofrimento, mas sim uma forma particular de lidar com perdas e danos, um mecanismo de defesa contra o sofrimento. Algumas pessoas não se permitem lamentar com franqueza seus sentimentos, outras não têm essa oportunidade devido às pesadas exigências de cuidar de uma família ou de uma empresa. Outras pessoas podem manifestar sentimentos mais exuberantemente e até mesmo sofrer estranhos sintomas físicos de origem emocional ou quadros de depressão que se repetem ao longo dos anos seguintes.
Devido as reações vivenciais não-normais (veja na coluna ao lado) alguns enlutados podem começar a desenvolver um luto crônico e persistente. As sensações iniciais de choque e de descrença podem durar anos, com notável dificuldade em acreditar que a pessoa amada está morta. Outros podem continuar incapazes de pensar em outra coisa além da perda, muitas vezes fazendo o quarto da pessoa morta uma espécie de santuário para a sua memória.
A depressão, comum a quase todos os lutos, pode tornar-se muito mais grave, e um sinal disso pode ser quando a comida e a bebida são recusadas, assim como quando pensamentos de suicídio aparecem. Ocasionalmente, noites insones podem continuar por muito tempo e tornar-se um problema sério. Se a depressão continua por muito tempo, fugindo à norma da fisiologia do luto normal, pode haver necessidade de tratamento médico à base de antidepressivos e psicoterapia por algum tempo.
O luto vira o mundo da pessoa de cabeça para baixo e é uma das experiências mais dolorosas. Pode ser estranho, terrível e avassalador. Apesar disto, é uma parte da vida que todas as pessoas estão fadadas e geralmente não requer atenção médica. Entretanto, ao perceber-se agravamento do quadro depressivo, notadamente em pessoas com antecedentes de transtorno afetivo ou do humor, recomenda-se pronta intervenção terapêutica.


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Bibliografia:
Ballone GJ - Lidando com o Luto - 1985

Algumas curiosidades sobre nossos sonhos.



Qual ser humano nunca sonhou ? Os sonhos fazem parte de nossa vida por mais que não lembremos de todos, há aqueles inesquecíveis, alguns por terem sido bons outros por terem sido muito ruins.




  Como é o sonho de Cegos ?

Pessoas que ficam cegas depois do nascimento podem ver imagens em seus sonhos. As pessoas que nascem cegas não vêem quaisquer imagens, mas também têm sonhos vívidos envolvendo seus outros sentidos: audição, olfato, tato e emoção. É difícil para uma pessoa que vê imaginar, mas a necessidade do corpo para o sono é tão forte que é capaz de lidar com praticamente todas as situações físicas para que isso aconteça.

  Você esquece 90% dos seus sonhos

Dentro de 5 minutos após acordar, metade do seu sonho já foi esquecido. Minutos depois 10, 90% já se foi. O famoso poeta, Samuel Taylor Coleridge, acordou uma manhã depois de ter tido um sonho fantástico, ele colocou a caneta no papel e começou a descrever sua "visão de um sonho" no que se tornou um dos poemas mais famosos do Inglês: Kubla Khan. Enquanto escrevia seu poema ele foi interrompido.Ao voltar para seu poema não conseguiu mais lembrar do resto do sonho. O poema tem 54 linhas e nunca foi concluído.

  Todo mundo sonha

Todo ser humano sonha (exceto em casos de extrema desordem psicológica) mas homens e mulheres têm diferentes sonhos e diferentes reações físicas. Homens tendem a sonhar mais com outros homens, enquanto as mulheres tendem a sonhar igualmente com homens e mulheres. Além disso, se o sonho é de natureza sexual; homens costumam ter ereções e as mulheres aumentam o fluxo de sangue vaginal.

Sonhos influem em seu desempenho psicológico


Em um recente estudo, os estudantes que foram acordados no início de cada sonho, mas ainda continuaram as suas 8 horas de sono, enfrentaram dificuldade de concentração, irritabilidade, alucinações e sinais de psicose depois de apenas três dias. Quando finalmente foi permitido seu sono REM o cérebro do estudante compensou o tempo perdido, aumentaram consideravelmente e o percentual de sono e passaram na fase REM.

Nós só sonhamos o que  sabemos

Nossos sonhos estão frequentemente cheios de estranhos - você sabia que sua mente não está inventando esses rostos - eles são rostos reais de pessoas reais que você viu durante sua vida, mas pode não saber ou lembrar ? O assassino do seu último sonho pode ser o cara que abasteceu o carro de seu pai quando era apenas uma criança. Todos nós já vimos centenas de milhares de rostos durante nossas vidas, por isso temos uma infinidade de personagens para o nosso cérebro utilizar durante nossos sonhos.

  Nem todas as pessoas sonham em cores

Há 12% da população que sonha exclusivamente em preto e branco. O restante sonha em cores. As pessoas também tendem a ter temas comuns em sonhos, que são situações relacionadas à escola, sendo perseguido, correndo devagar / no lugar, experiências sexuais, caindo, chegando tarde demais, uma pessoa que está viva morta, dentes caindo, voar, não passar em um teste, ou um acidente de carro. Desconhece-se se o impacto de um sonho relacionado à violência ou morte é mais emocionalmente para uma pessoa que sonha em cores do que para aquela que sonha em preto e branco.

  Sempre há algo mais a se comparar

Os sonhos falam em uma linguagem profundamente simbólica. A mente inconsciente tenta comparar seu sonho a algo mais, que é semelhante. Seu inconsciente pode escrever um poema  dizendo que um grupo de formigas eram como máquinas que nunca param. Mas você nunca compara algo a ele mesmo, por exemplo: "Aquele belo pôr do sol era como um belo pôr do sol". Assim, qualquer símbolo de seu sonho que seu inconsciente pega, ele assemelha a outras coisas.
Desistentes têm sonhos mais vívidos
Pessoas que fumaram por um longo tempo e pararamm, relataram ter sonhos mais vívidos do que o normal. Além disso, de acordo com o Journal of Abnormal Psychology: "Entre os 293 fumantes em abstinência nas 1 e 4 semanas, 33% relataram ter pelo menos um sonho sobre fumar. Na maioria dos sonhos, os fumantes sentiram fortes emoções negativas, como pânico e culpa. Sonhos sobre fumar foram o resultado da retirada do tabaco do organismo, sua ocorrência foi significativamente relacionado com a duração da abstinência. Suas experiencias foram classificados como mais vívidas do que os sonhos de costume e eram tão comuns como a maioria dos principais sintomas de abstinência do tabaco. "
Estímulos externos invadem nossos sonhos
Isso é chamado de Incorporação ao Sonho e é a experiência que a maioria de nós tivemos onde um som do mundo real é ouvido em nosso sonho e incorporado de alguma maneira. Um exemplo similar que também acontece seria quando você está fisicamente com sede e sua mente incorpora esse sentimento no seu sonho. Minha própria experiência deste inclui repetidamente beber um grande copo de água no sonho que me satisfaça, esse ciclo se repete muitas vezes até eu acordar e ter uma verdadeira bebida. 
  Você está paralisado enquanto dorme
Acredite ou não, seu corpo está virtualmente paralisado durante o sono - com maior probabilidade de impedir que seu corpo venha a agir em aspectos dos seus sonhos. De acordo com o artigo da Wikipedia sobre sonhar ", glândulas começam a secretar um hormônio que ajuda a induzir o sono e neurônios enviam sinais para a medula espinhal, que causam o relaxamento do corpo e mais tarde torna-se praticamente paralisado."

Curiosidades extras: 
1. Quando você está roncando, você não está sonhando. 
2. Crianças não sonham sobre si mesmo até por volta dos 3 anos. Da mesma idade, as crianças normalmente têm muitos mais pesadelos do que os adultos até a idade de 7 ou 8. 
3. Se você for despertado fora do REM (Rapid Eye Movement), você fica mais propenso a lembrar o seu sonho de uma forma mais viva do que você lembraria se tivesse acordado de uma noite de sono completa.