Nossos laços...

Em meio as minhas colagens, bobagens, chistes e estudos acabei catalisando algumas associações, para fazer esta reflexão sobre nossos laços, mesmo aqueles em que se apagou, expurgou, excluiu, desovou, vaporizou, subtraiu etc e que nesta "altura do campeonato" não faz a menor diferença.
O que realmente faz toda a diferença são os laços que se cria.
É importante destacar que a fonte de sofrimento mais penosa para nós é resultante de nossas relações com os outros.
Mas afinal o que é laço...não é um nó que se desata sem esforço??
Quando se dá um presente a alguém se dá com laço para que seja provisório, frágil e incapazes de amarrar todo o real presente ou caso contrário se daria um nó muito apertado...

O Mal-estar que sempre ronda toda as formas de laço é o preço que pagamos pela eminente perda do "inferno-paradisíaco” da falta de compromisso.

Ao optar pela linguagem...o ser humano renunciou à possibilidade de acesso ao real, que se tornou para nós, impossível de ser completamente acessado.
É interessante que se criou o "mal-estar dos laços", portanto o mal-estar da linguagem, que não é capaz de dar conta de todo o real por pura falta de habilidade de cada um.

Este emaranhado de palavras juntas podem não fazer sentido como um discurso, mas a linguagem do discurso vai muito além da fala e da compreensão...é aquele "saber oco" que nos interessa...e esse saber que acredito muitos tenhamos e que devemos compartilhar, não como forma narcisística de saber..mas como forma altruista de ajudar.



Se colocarmos alguem na terceira pessoa (seja lá qual for) faremos  um exercício fabuloso de acreditar que ele será mais ele, se eu for realmente "EU".

Texto difícil? Tenho certeza que não... Na voz que damos ao nosso "EU", ainda perceberemos o sabor da ligadura das palavras e linhas de raciocínio...emfim, esta união não são nós e sim laços...deixa-a deslizar e não fique "cutucando" com a unha, como se tenta desatar um nó.

Diante da "briga ferrenha" que travo para não ser "chato" e ao mesmo tempo não ser um "prepotente teórico", ainda me permito opinar sobre o que chamamos normalmente de projeção.
Nossos projetos (também sejam eles quais forem) devem se fundamentar nesta fusão de desejos e de necessidades, de laços e de nós. O que realmente importa ao presente e o que precisamos apertar para que não seja desfeito. Permita-se

Ao usar nosso conhecimento (forjado muitas vezes aguardando o trânsito desengarrafar) em teu próprio benefício, acabará por beneficiar quem também pode precisar desta sua forja e não tem forças para pedir...

Reflita comigo:
Muitas pessoas ao invés de escrever ,tentando ajudar animais de estimação que precisam de espaço e voz por exemplo....Como seria se estas pessoas escrevessem, sobre as príorias experiências bacanas quando crianças?
Como seriam estes textos?
Será que eles viriam recheados de histórias com a amigas e amigos?
Será que eles seriam voltados ao choque entre a cidade grande e a cidade  pequena?
Será que eles contribuiriam para minimizar o sofrimento de alguma criança ou pai que os lê?

Neste momento, vem a pergunta: "Que raios o Cleber está tentando me dizer"?..
Bom, a resposta nem eu mesmo sei...porém fica a pergunta:

- "Será que ajudando a educar estas crianças leitoras (sejam elas meus filhos ou não)  para que saibam o real valor de seus amiguinhos, não serei mais eficiente e feliz?

Ajudando aos outros, ajudamos a nós mesmos...
Espero que tenham compreendido esse emaranhado de nós...que chamei propositalmente de "Nossos laços", pois caso você não tenha percebido, acabamos de criar um:
Eu escrevendo e você me presenteando com sua atenção.